sábado, 23 de novembro de 2013

SANGUE DE DRAGÃO: UM POTENTE CICATRIZANTE NATURAL



O Dragoeiro é uma árvore que cresce ao norte da Amazônia, no Peru, Equador e Colômbia, e que pode chegar a um altura de 20 metros. A seiva extraída de seu tronco é vermelha, e por isso é conhecida por"Sangue de Dragão".

Durante séculos, os povos locais e indígenas usaram a resina Sangue de Dragão (também conhecida por látex) como um tratamento tópico para feridas e outras condições de pele. Quando aplicada, a resina forma uma barreira que ajuda a proteger a pele e prevenir a infecção. Diferentes espécies de Sangue de Dragão também tem sido utilizadas para tratar outras doenças corporais, como diarreia e tumores.





Houve um aumento na popularidade do Sangue de Dragão nos últimos anos. Sua eficácia na medicina popular tem atraído o interesse da comunidade científica. Uma pesquisa recente demonstra que o Sangue de Dragão é um tratamento eficaz para uma ampla gama doenças de pele, incluindo  inflamação, coceira, feridas, infecções, dor e inchaço devido a picadas de insetos. A resina também mostra atividade antioxidante significativa, o que sugere que o Sangue de Dragão reduz os danos dos radicais livres na pele.

Sua seiva, é rica em fenóis antioxidantes protetores, e compostos anti-inflamatórios de vários tipos. Devido a estes compostos, a seiva sangue de dragão ajuda a proteger as células da pele, e reduz a vermelhidão e inchaço. 
 Os dois componentes mais ativos na seiva, e que são responsáveis por isso, são a taspina e a dimetilcedrusina, que não só são eficientes na cicatrização da pele, mas também no fechamento de úlceras gástricas e duodenais.
É por isso que o sangue de dragão é tão amplamente utilizado em doenças infecciosas da pele de todos os tipos, com grande sucesso.

Nos mercados da Amazônia, encontra-se garrafas de sangue de dragão à venda em vários estandes medicinais, e em muitos outros tipos de lojas.  Indispensável para se ter em casa, no kit de primeiros socorros, o sangue de dragão é aplicado sobre a pele, no caso de algum problema.
Quando a seiva vermelha é esfregada sobre a pele, ela forma uma fina camada de cor creme, como uma membrana de pele adicional, muito fina.
 Em quase todos os casos, a seiva é recolhida em pequenas quantidades, de um ou dois litros de cada vez.


Estudos apresentam indícios de que o sangue de dragão sirva como um tratamento potente e eficaz para uma série de doenças, agindo como:


Cicatrizante

É um dos cicatrizantes mais potentes conhecidos.

Os Índios utilizam a seiva sobre queimaduras e feridas para estancar sangramentos, acelerar a cura e proteger de infecções. Ela seca rapidamente e forma uma barreira como uma segunda pele, promovendo, de acordo com estudos, a formação de colágeno.

Também a utilizam para o fortalecimento das gengivas, esfregando-a com a ponta dos dedos, visando reduzir o sangramento e tratar das gengivites.

Na área cosmética, é muito eficaz no tratamento da acne, podendo ser combinada com o óleo essencial de cipreste (Cupressus sempervirens) ou pitanga (Eugenia uniflora) para isso.

Além de aumentar a síntese de colágeno reduzindo a formação de rugas, a seiva age protegendo a pele contra os raios UV e promove seu rejuvenescimento.  Os polifenóis e proantocianinas do sangue de dragão são potentes antioxidantes no combate a radicais livres que causam o envelhecimento da pele.



Antiviral e Anti-bacteriano

Experimentos demonstraram que a seiva inibe a ação de vários tipos de vírus, como o herpes simplex, vírus da hepatite (A e B), influenza e parainfluenza (vírus da gripe), citomegalovirus e vírus sincicial respiratório. Além disso, o sangue de dragão inibe diarreias comuns, e também aquelas desencadeadas por infecção da cólera. Este efeito antidiarreico e anti-inflamatório têm se mostrando muito positivo no tratamento de pessoas que sofrem de colite, síndrome de Chron e do intestino irritado.

Em 1999 foi comprovado o potencial de ação do sangue de dragão frente a Helicobacterpylori, bactéria causadora da gastrite e úlceras do estômago. Também foi observado que ele é mais potente que a penicilina e o cloranfenicol frente ao B. subtilis, S. aureus e a E. coli (bactérias causadores de infecções), além de combater a candidíase e fungos micóticos.

Anti-inflamatório

Na Amazônia os indígenas utilizam o sangue de dragão em banhos vaginais antes do nascimento visando assepsia e depois para diminuir as dores e sangramentos.

Pesquisas realizadas pelo Dr. John Wallace da Universidade de Calgary no Canadá mostraram que, de fato, ele é um potente inibidor da inflamação e da dor, sendo o alcalóide taspina o responsável pelo sua atividade antiinflamatória em específico.

Segundo o Dr Wallace: " o sangue de dragão não somente  previne a sensação da dor, mas também bloqueia a resposta do tecido a químicos liberados pelos nervos que promovem a inflamação. Não existe na atualidade médica nenhuma outra substância que nós conhecemos que possua estas mesmas atividades”.

Em testes laboratoriais, o grupo de pesquisadores do Dr. Wallace demonstrou que o sangue de dragão bloqueia topicamente a ativação das fibras nervosas que liberam sinais de dor para o cérebro, funcionando como um exterminador da dor.
Este efeito, que dura até 6 horas, tem sido aproveitado em géis contendo 1-3% desta resina no tratamento e alívio do reumatismo, artrites e artroses, assim como dores ocasionadas por herpes zóster, inflamação do nervo trigêmeo,LER, bursite, torções e fibromialgia.

Ele pode ser associado em creme ou gel (em porcentagens de 3-5% total) a óleos essenciais anti-inflamatórios como a copaíba, orégano, gengibre ou wintergreen que também são analgésicos e podem potencializar seu efeito.

Em um estudo da Louisiana (EUA) realizado com trabalhadores de controle de pestes, o sangue de dragão apresentou alívio na picada de um número variado de insetos em apenas 90 segundos e também estendeu o efeito por até 6 horas!

Em baixas doses ele é pro-oxidante e inibidor da fagocitose e em doses maiores possui efeito antioxidante e ativador da fagocitose. Mostrou capacidade de inibir a proliferação de células leucêmicas e capacidade
citostática frente a tumores KB e V-79.

Na área veterinária o sangue de dragão também é muito eficiente, tratando de infecções de pele, verrugas, feridas, abcessos, otites etc.




Formas de uso conforme a fitoterapia:

Interno: Como antioxidante: 3 gotas por dia, antes do café da manhã.
 Em caso de inflamações: 5 gotas 3 X ao dia, antes das refeições. Em caso de infecções e doenças severas: 15 gotas 3 X ao dia antes das refeições.
Tempo: 15-30 dias de uso contínuo, pausar 1 semana e retomar se necessário.

Externo: Para passar sobre o ferimento e queimaduras, spray: 10 gotas diluídas em 100 ml de soro
fisiológico (pode acrescentar 5 gotas de OE de mirra), borrifar na área 2-3 X ao dia. Em ferimentos
pequenos e aftas pode também aplicar puro. Para higiene íntima feminina: colocar 8 gotas em meia
xícara com água e aplicar com algodão, ou fazer lavagens com 15 gotas em uma vasilha de assento.

Em cosméticos 25-45 gotas para cada 100g de creme.
Em géis ou cremes para alívio de dores e inflamações: 1-3% (22-66 gotas em 100g).

Contra-indicações
Na maioria das referência não se encontram contra-indicações.
Contudo, existe a citação de estudos realizados no Peru e Alemanha onde se notou que tomar
sangue de dragão em doses muito elevadas (vários ml) e por muito tempo, pode ocasionar anemia.



Fontes:
Manual de aromaterapia Phytoterápica
Jornal Laszlo Aromaterapia


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